Por que os peixes respiram embaixo d'água?

Essa vai pra minha amiga mirim, Maria, leitora assídua mesmo antes de saber ler. Ela me perguntou, na praia, a óbvia pergunta de: por que os peixes respiram na água?
Na verdade, todos nós respiramos na água. Ou pelo menos já respiramos um dia. A primeira coisa que temos que lembrar é que a vida começou na água. É verdade que nessa época não se respirava oxigênio. As bactérias que viviam no fundo do mar usavam enxofre pra poder converter alimento em energia. Mas ai um dia, uma bactéria também, começou a usar a luz do sol pra produzir seu alimento. Dessa reação, sobrava oxigênio. O oxigênio é bem mais eficiente que o enxofre pra ajudar a transformar alimento em energia. E foi assim, com esse oxigênio produzido pelas bactérias fotossintetizantes, em plena água, que alguns organismos começaram a respirar.
Vejam bem, o oxigênio que se respira na água não é o oxigênio da água. Quer dizer, não é o oxigênio do H2O. O oxigênio produzido fica dissolvido na água e é ele que os peixes e outros bichos respiram.
Pra poder respirar no ar, a gente usa os pulmões. Mas na água, os pulmões encheriam de água, e não ia funcionar muito bem, então os peixes usam outro órgão, as brânquias. As brânquias são como um monte de fiapos, que quando estão na água, ficam abertos (como os cabelos dessa menina da foto) e conseguem deixar passar pelas suas paredes muito finas o oxigênio.

Todos os animais que vivem embaixo d’água respiram pelas brânquias. Mas adivinhe só, nós também já tivemos brânquias! Quando estivemos na barriga da mãe, e não éramos muito maiores do que 1 polegar, na altura do nosso pescoço, se abriram as fendas do que seriam o nosso opérculo (aquela abertura do lado da cabeça do peixe, que fica abrindo e fechando quando ele respira). Mas quando a gente cresce um pouco mais que um palmo, essas aberturas se fecham, e os nossos pulmões se desenvolvem.
Essas brânquias são um vestígio de quando os nossos ancestrais ainda viviam na água.
Mas como apareceram os pulmões? Bem, você já reparou que os peixes não afundam, não é mesmo?! Eles não fundam porque tem uma bexiga dentro deles que fica cheia de ar, do mesmo jeito que um balão de aniversário. Chama Bexiga natatória.
Um dia, um peixe começou a usar o ar que estava na bexiga natatória pra respirar (ele devia estar quase se afogando ;-) e a partir daí, outros peixes que conseguiram fazer isso começaram a tentar sair da água e vir pra terra. Foi só então que começamos a respirar ar.
Então, se a vida começou na água a pergunta deveria ser: porque nós respiramos fora d’água?
Bom, sair da água tem um monte de desvantagens, mas muitas coisas eram mais fáceis (correr por exemplo) e com isso, os animais tiveram que inventar um monte de coisas novas, pra poder aproveitar essas vantagens de não estar dentro d’água. Mas isso é uma outra história!
9 comentários:
Querido Mauro,
Vou colocar o meu comentário aqui porque acho que vai ser lido primeiro, mas, na verdade, quero mesmo é falar de Karma. Para mim, karma significa o que a gente não escolhe. Origem, a gente não escolhe. Amor, a gente não escolhe. O potencial de fraqueza, força, a gente não escolhe. Isso, para mim, é Karma. O resto é sorte + circunstâncias + o que a gente consegue fazer da vida. Nem sempre muito bom, às vezes não muito ruim, mas o que a gente consegue partilhar, construir, transformar.
Beijos pra você, feliz 2007
Querida Sônia,
Eu acho que Karma é um conceito bonitinho, mas não escapa a um exame cuidadoso da realidade. Como eu já disse algumas vezes aqui, acredito que algumas estratégias de vida são mais eficientes a longo prazo, enquanto outras funcionam melhore, mas só a curto prazo. É nisso que eu acredito. Discordo particularmente de que a gente não escolhe um monte de coisas que você enumerou. Vários estudos de neurolinguistica mostram que nós, mesmo inconscientemente, escolhemos um monte de coisas no amor. Tem uma tese da USP que mostrou super bem que a primeira coisa que identificamos em um possível parceiro, é o nível sócio-econômico. Triste? Não sei, mas é estatísticamente significativo!
Mauro querido,
Deve ser maravilhoso acreditar, ter fé nas coisas que vocês que estudam o mundo físico têm! Acreditar na neurolinguística, em estatísticas e em estratégias e poder usar isso tudo como mantra hipnótico (compre batom, compre batom...quando a gente começa a tremer quando o sacripanta ou a sacripanta que não serve se aproxima de nós! Quando eu crescer vou ser cientista, prometo! Se não der, na próxima vida, vou tentar!
Sônia,
Tem um ditado que eu adoro, que é: "O que seria do verde se todo mundo gostasse do amarelo?"
Viva a diversidade! Mas nem por isso quero uma cartomante na mesa do buteco que eu for beber.
Beijo
Caros cientistas...
Nao acredito que tudo veio de uma explosao (BIG-BANG) Ja tentaram imaginar quem plantou todas essas arvores, efez muitas coisas que neste mundo há?! Nao pode ter sido por uma simples "explosao".
IPÓCRITAS
CRIEM VERGONHA NA CARA E PAREM DE TENTAREM ESCONDER DEUS (em suas teorias malucas e falsárias)
Bom eu não creio que seja assim não pessoa a cima, os cientistas não são loucos nem querem fazer com que as pessoas deixem de acreditar em Deus, o que eles pesquisam e tentão descobrir é se há alguma outra explicação para o nascimento do universo e dos seres vivos e não vivos,saibam que de um serto modo algumas coisas fazem sim sentido!.
Eu acredito em Deus mas confio plenamente na ciência ;Obrigada Cientistas por sempre estarem pesquisando e descobrindo novas curas e explicações para o mundo moderno.
Grata;
Hermione makaine
vcs nao sabem de nada e um rebanho de jumento,tapado caralho vei!!!!!!!!!
Veeeey MUITO obrigado voce me ajudo Muito Obrigado Mesmo !
Mas professor,e quanto aos peixes cartilaginosos e o pulmonados?
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